O vereador Almir Bueno fez uma espécie de balanço da atuação dos poderes Legislativo e Executivo nos últimos quatro anos. Entre conquistas e necessidades, o edil não poupou críticas a problemas destacados na tribuna ao longo desta legislatura, como a interdição da avenida Beira Rio. “Estamos representando a população há 3 anos e 11 meses. Acho que é hora de fazermos um balanço das obras conquistadas e também daquilo que não conseguimos fazer. Esse momento de reflexão é importante. Estamos vendo as obras da Praça Castelo Branco, a cobertura da feira, a readequação da Avenida Thomáz Luiz Zeballos. Tivemos algumas conquistas, como o recapeamento asfáltico nos bairros, a construção da Supercreche, as quatro quadras nas escolas, a construção da Câmara Municipal. Não vamos falar de qualidade, já batemos nessa tecla, mas agora não é hora. Eis aqui apenas o relato do que fizemos e do que deixamos para trás. E o que deixamos? Estamos há 2 anos com a interdição da avenida Beira-Rio. É uma vergonha, e não temos informação nenhuma se vamos conseguir liberar. Temos o frigorífico de peixes parado. Temos o aeroporto há 1 ano e 5 meses interditado”, mencionou.
Habitação
O vereador também comentou a questão
habitacional. “Outra decepção que nós temos é a questão habitacional. Esse
governo não conseguiu avançar. Convidamos a equipe técnica do executivo para
falar sobre o tal Movimento Nacional da Luta pela Moradia, que há um bom tempo
vem propagando inverdades para a população, e tanto os comissionados do prefeito
Kuba quanto os efetivos disseram que não tem envolvimento nenhum com o referido
movimento. O cadastro feito por este movimento, que deu esperança para pessoas
carentes, não tem respaldo nenhum da prefeitura. Usaram politicamente. Perguntamos
também sobre questão também da regularização fundiária da Eletrosul, Vila Janete,
Vila Margarida, e eles não sabem nada. Outro assunto é o Plano Diretor, que
está parado. Estamos há 8 meses esperando o Executivo enviar a comprovação das
audiências públicas”, afirmou.
Herança e expectativas
Almir ainda elencou alguns
problemas que deveriam ter sido resolvidos pela atual administração, elegendo a
conquista de uma universidade pública e a implantação do porto
intermodal como as grandes lutas da nova gestão. “Temos problemas com o plano
de carreiras dos servidores municipais, o Fundo de Vale naquela situação, as
obras da Avenida Marginal, que nunca terminam. Temos a renovação do contrato
com a Sanepar, que está há um ano e pouco vencido. Não avançamos nada na
questão do contorno viário. O novo governo vai herdar tudo isso, mas as grandes
conquistas serão a vinda de uma universidade pública para Guaíra e a questão da
Plataforma Logística”, concluiu.
Com o prefeito
Antes de encerrar a sua
participação, Bueno destacou os gastos que a atual gestão está empenhando. Para
o edil, que pretende tocar no assunto pessoalmente com o prefeito Manoel Kuba, é
vergonhoso que a administração tenha autorizado gastos tão altos numa época em
que os serviços básicos acontecem de maneira irregular e com a prefeitura em
contenção de gastos. “Passei lá ao lado
da Aciag e vi o início da obra do Centro Educacional. São R$ 961.000 com
recursos próprios, mas obra custará mais de 2 milhões de reais. Vão deixar apenas
o esqueleto iniciado. Essa obra é uma vergonha. Outra coisa: estamos em
novembro e o prefeito não nomeou a equipe de transição. Que vergonha, prefeito
Manoel Kuba! Queria falar na sua cara, mas eu sei que vou encontrá-lo e vou
falar. Como se não bastasse, agora eles publicaram uma portaria autorizando a
contratação de uma empresa de consultoria terceirizada. Sabe quanto isso vai
custar? 495 mil reais. É outra situação que vamos ter que investigar a partir
de 1º de janeiro. Estão em contenção de gastos, o recolhimento de lixo urbano
está ruim, mas existe quase um milhão e quinhentos mil reais para gastar
com obras e constatações desnecessárias”,
encerrou.
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