A 33ª sessão da Câmara
Municipal de Guaíra foi marcada pelo discurso crítico do vereador Almir Bueno
(PT). O vereador iniciou sua fala lamentando o assalto ocorrido ao posto
Chafariz, que culminou com o ex-vereador e administrador do posto Rube Bueno
sendo baleado. A segurança tem sido uma das grandes preocupações do edil, que
recentemente ajudou a aprovar um projeto de lei que proíbe o ingresso ou permanência de pessoas utilizando capacete, gorro
ou qualquer tipo de cobertura que oculte a face, dificultando a identificação
ou reconhecimento, nos estabelecimentos públicos, comerciais, industriais ou
prestadores de serviços no âmbito do município. “Aconteceu esse fato lamentável
com o Rube Bueno e infelizmente este não é um fato isolado. Quantos assaltos já
não aconteceram nos últimos 90 dias? Eu acho inclusive que houve omissão por
parte do Executivo, que até agora não sancionou a lei que nós aprovamos aqui.
Nós vamos nos reunir com a Aciag e a Polícia Militar na semana que vem e vamos
abordar o assunto segurança pública. Por que nós que trabalhamos no setor
público não podemos ser omissos. E vou além: gostaria de propor que em
nome da Câmara Municipal o convite para que delegados de polícia, comando da PM
e também o Batalhão de Fronteira participem de uma reunião técnica para
solicitar informações sobre os problemas na área de segurança. Se possível
seria bom a gente trazer para cá um especialista em segurança pública. Até
quando vamos nessa situação? Até quando vamos vir
aqui nesta sessão responder presente e ir para casa, enquanto tem tudo isso
acontecendo. Se o Executivo, que tem um poder muito maior de ação, não toma
nenhuma iniciativa, vamos fazer a gente. Quem sabe não surge até um movimento
dentro do nosso município? Queremos um ponto de partida. Nós temos que cobrar
do estado? Em Brasília? Acho que temos que começar por aqui. Infelizmente, enquanto
não acontece com a gente, ninguém parece perceber. Mas quando acontece com a
família da gente, aí complica. E podem certeza que uma hora vai acontecer com a
família dos senhores e das senhoras. Não vamos ficar esperando. Vamos
ouvir, cobrar, ver se é falta de material humano, se é falta de material de
trabalho, falta de recursos, se é problema na legislação e aí vamos cobrar dos
nossos deputados. Sabemos que não é fácil, mas tem que ter
um começo”, desabafou.
Finados
O vereador também fez
questão de citar os problemas enfrentados pela população que esteve no dia de
Finados no Cemitério Municipal. “Estive no dia de finados no cemitério. Eu sei
que a atual administração está no final do mandato, mas vou fazer uns
comentários. Primeira coisa que notei: o velho problema da água. Falta água.
Outro problema: não tem banheiro e nem água potável para beber. No mandato do
Fabian, em 2005, já existia esse problema, passou o mandato dele, está passando
este e nada foi resolvido. Até quando? E aí percebi outro problema: não tem
lixeiras no cemitério. São situações simples. Também acho que temos que ter uma
seção de recepção, para deixarmos quatro ou cinco servidores municipais para
prestar atendimento”, aponta.
Rodoviária
Bueno também chamou a atenção
para uma reportagem do Jornal Rio Paranazão, que publicou uma matéria sobre os
problemas encontrados no Terminal Rodoviário de Guaíra. “O Jornal Rio Paranazão
fez uma matéria muito interessante sobre o estado de abandono em que se
encontra a nossa rodoviária. Cobramos uma reforma desde 2009/2010. Fizeram uma
pintura em 2011, mas só superficialmente. A verdade é que o local está há mais
de 90 dias sem um bebedouro. Poxa, isso é o básico do básico. O cidadão paga
taxa de embarque que é para poder beber uma água e usar um banheiro decente. O
banheiro está uma vergonha. A limpeza está horrível. E é o cartão postal onde
recebemos aqueles que chegam ou passam por nosso município. Não podemos ter um
terminal que denigre a imagem de um município que quer ser turístico”, concluiu.
Saúde
Antes de encerrar a sua
participação na tribuna, Almir mencionou os problemas na saúde pública do
município. “Tenho encontrado muita gente que está encontrando dificuldades em
ser atendido pela Secretaria Municipal de Saúde. A população está encontrando
as portas fechadas. Eu digo a todos aqueles que não estão encontrando uma
solução que o vereador tem o poder muito limitado. Qual é a solução então?
Recorrer ao Ministério Público”, finalizou.
0 comentários:
Postar um comentário
Grato pelo seu comentário!